quarta-feira, 2 de março de 2011

Eu sou igual a você

Eu sou igual a você
Jb.campos

Trazemos embutidos em nosso âmago, o bem e o mal, o forte e o fraco, o bom-senso e o contra-senso, o benévolo e o malévolo, a vida e a morte etc...

- Sou igual a você!

- Mas, quem sou eu?

- E, quem é você?

São duas horas e meia da madrugada e, como de costume, sinto-me assolado pelo espírito da insônia, mostrando-me por osmose as teclas do meu micro computador, então compulsivamente levanto-me trôpego, dirigindo-me ao escritório que situa-se no andar superior de minha residência.
Passo pela cozinha e tomo um café reforçado, porque "ninguém é de ferro"...
Meio cambaio, pelo fato de estar deitado e levantar-me de supetão, trocando o meu estado físico horizontal para o de vertical, de estático para o movimentado, e este interregno (tempo) mexe com a nossa mente, como assim acontece com qualquer estágio abrupto de mudança física...
Neste momento tenho a idade de 56 anos, meus cabelos são brancos como o algodão, e o tempo não se esqueceu de tingi-lo, portanto, encanecido e calejado com as pelejas da lide, tenho procurado incessantemente, e com bastante avidez de espírito o grande motivo de estar vivendo no planeta terra.
Um montão de amigos, uns mais jovens e outros mais velhos já não existem mais por aqui, pessoas queridas, e outras menos queridas, já se foram, e, posso então avaliar esta nossa vida, e por muito jovem que você seja, também já pode aperceber-se deste fato natural.
Escrevi vários livros, que serviram de motivos para encômios (elogios) e escárnios (gozação), não sou nenhum escritor famoso, apenas escrevo por gosto incontido, já que gosto muito de falar, e neste momento, não tendo com quem trocar idéias, creio piamente conversar com os espíritos, e, com meu espírito extático (extasiado) devo agradecê-los por boas frases e... às vezes palavras não bem colocadas, grafando-as na memória do computador, e ratificando, sem querer eximir-me de qualquer responsabilidade sobre estas escritas:
- Eu sou igual a você!
Não pense que você não faz o mesmo, quando conjetura com seus botões, bem, espero que você não disfarce, querendo dissimular que não possui botões.
Somos iguais, cheios de botões e tertúlias mil...
Ao levantar meu pesado corpo do meu leito, olhei de soslaio (rabo dos olhos) sobre o criado mudo e, deparei-me com um livro editado em 1.951, de um autor sofrido, porém, vencedor, como foram os grandes homens que, aqui também viveram e deixaram cunhados suas patentes com suas obras e crenças.
O amarfanhado e enxovalhado opúsculo, que há dias esperava por esta leitura, aproxima-se bastante da minha idade nesta sua edição, posto que fora escrito pelo grande crente e evangelista inglês: João Bunyan, após os idos de 1.628, ano de seu nascimento, cujo título é: O Peregrino.
Confesso haver lido este livro na minha mais tenra idade, aos meus quinze anos aproximadamente e, não mais o folhei, lendo-o agora num português de versão arcaica aos dias atuais.
A nossa vida assemelha-se às pancadas de um carrilhão, em repetidas batidas, ou melhor explicitando-me, vemos filmes reais de vidas a repetirem-se a todo instante, exortando-nos a estarmos preparados para o bom, mais sem desprezarmos as procelas (tormentas) de nossa peregrinação.
Você, por aqui aparece, totalmente dependente de seus progenitores, e eles perdem um enorme tempo velando por você, e as pancadas do relógio num mesmismo constante repetem-se com seus filhos e netos.
E, quando você se dá conta, o tempo voou alucinadamente e, nota que não fez muita coisa de útil, tendo sido também emaranhado pela teia da vaidosa vida, que a mim também me envolveu...
Como já rivalizei; somos muito parecidos, congruentes, não diria que somos os mesmos, porque dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço...
Bem, já que estamos passando "aleatoriamente" por este pequeno espaço terrestre, comparando-o com o universo, então podemos ter uma pequeníssima noção de que nada somos.
Nada somos... somente por força de expressão, pois, sabemos que as partículas invisíveis são tremendamente potentes, construindo e destruindo planetas, portanto podemos ser muito, apenas estamos reconhecendo a nossa fragilidade física em sua efêmera duração...
As horas passam, e o carrilhão repica o seu enjoado som nosso de cada dia...
O próprio Bunyan que, tanto apregoou o evangelho de Cristo, deve ter lido as palavras do rei Salomão, enfatizando: "Debaixo do sol tudo é vaidade, enjôo e cansaço da carne"...
Nada mais real do que estas sábias palavras pronunciadas e escritas por aquele que ocupou o maior e sábio reinado de sua época, e paramos para pensar, eu e você, perguntando-nos:
- Como pode um ser nimbado da glória de Deus, que alcançou benesses fantásticas de beneplácito divino, como ser o maior e mais sábio rei de seus dias, recitar frases como esta, amargurando o seu próprio cotidiano?
Este pregador, Bunyan, amargou longos dias de prisão por fazer mister seus ideais de bom cristão, como Lutero e Calvino, foi perseguido e fustigado pela idiotice humana, que intervém sempre que alguém quer inovar, aliás, não mudou muito nos nossos dias, posto que, a hipocrisia aumentou assustadoramente...
Não é necessário muita inteligência para se ver o óbvio, é somente contarmos o número de homicídios atuais e, pela estatística concluirmos o aumento da maldade humana.
Na realidade escrevi muitas palavras de auto-estima em outros livros, querendo impulsionar o seu ânimo, meu irmão, porém, sendo igual a você, tenho problemas semelhantes aos seus, e não seria bastante hipócrita, escrevendo somente palavras alentadoras sem querer ver a realidade da vida.

O sofrimento é, o tempero da vida.

Você, sendo igual a mim, não quer sofrer, porém, essa é uma questão "sine qua non" que foge à nossa vontade.
Por certo, nós dois não somos melhores do que o Cristo, que foi assediado pelo seu ex irmão, Lúcifer, cuja tradução é: Anjo de luz.
Lúcifer, segundo o Evangelho, tomou o espírito de Jesus, e o conduziu a um pináculo, de onde podia-se avistar todos os reinos terrestres, e disse-lhe:
Tudo isto te darei se prostrado me adorares...
Então Jesus replica-lhe, não tentarás o Senhor teu Deus... Posto que, anteriormente, Lúcifer havia feito um desafio: Se Tu fores o filho de Deus, lança-te daqui para baixo etc...
Bem, não vamos aqui copiar o Evangelho, apenas citamos isto para que você e eu, enxerguemo-nos em situações menos aflitivas e, sempre rejeitando as provas que a nós se nos impõem.
Para sermos bastante ecumênicos, podemos falar de muitos mártires que passaram por privações estarrecedoras como a morte de Estêvão, com a cooparticipação de Saulo de Tarso (apóstolo Paulo), antes de sua conversão ao cristianismo.
A morte de Pedro, o sofrimento de Jó, e estes relatos tornam-se infinitos...
Poderia ficar aqui elogiando o seu lado bom, suas qualidades que, por certo são muitas também...
Preconizaria em um enorme livro onusto (cheio) de dádivas a seu respeito, mas, cometeria o crime de omissão.
Falo com propriedade de mais um ser humano, com meus sentimentos latentes, pois, esforço-me para ocultá-los, de maneira que, possa expor somente aquilo que mais desejo à minha vaidosa e arrogante bondade.
Preso João Bunyan, por apenas ausentar-se dos trabalhos de sua igreja, promovendo reuniões evangélicas no seu próprio lar, somente por este simples motivo, ficou encarcerado por longos doze anos, onde fabricava cadarços para sapatos de onde provinha parte do sustento de sua esposa, e quatro filhos, principalmente à filha que era cega...
Apesar de sua fé inabalável, sofria muito, achando que sua querida filha cega, fosse perecer como pedinte famélica (com fome), esmolando pela sobrevivência.
Naqueles dias obscuros, a igreja oficial considerava aquela atitude bastante herética (herege), e o juiz que o sentenciou ameaçou de enforcá-lo, caso continuasse com seus ideais diabólicos, segundo o pensamento clerical da grande igreja.
A princípio fora condenado apenas a três meses de prisão, porém, deveria prometer que não mais praticaria aquele ato "mefistofélico" de desviar seres humanos da igreja oficial daquela época...
Constantemente levado diante dos juizes, sempre afirmava que iria continuar o seu trabalho de evangelização, colocando os magistrados em situações incômodas que o faziam retornar ao cárcere.
Bem, escrevo e sonho com a fé deste grande homem, que acreditou no sentimento de sua alma, ou de seu coração, ou de seu ideal.
E como estarei sempre afirmando: Eu sou igual a você que, também tem seu código de conduta filosófica de vida, portanto, crê na vida à sua maneira de enxergá-la, e com certeza querendo cumpri-la junto de seus familiares, que dependem também de sua ajuda, sendo ela de ordem econômica, moral, etc...
Quero animá-lo, posto que, ao fazê-lo, confesso, sinto-me alentado e com forças para caminhar na senda da vida pela qual vivo o atual estágio.
Grandes figuras viveram atrocidades pelas sua crenças, e de certa maneira, crenças diferentes, pois, não podemos afirmar que as condutas de nossos líderes que influenciaram com muita força a humanidade foram iguais na sua superficialidade...
Porém, as suas essências foram as mesmas, haja vista que todos foram unânimes em pregarem o amor.
O idealista João Bunyan, jamais se entregou ao desânimo, e insulado (isolado) na sua cela úmida teve visões reveladoras como esta deste famoso livro: O Peregrino.
Estou olhando e lendo paulatinamente em recordação profunda que marcou minha já cansada vida de velho morador deste mundo, são páginas amarelecidas pelo tempo, confeccionadas numa textura muito simples e sem nenhuma arte gráfica, apenas textos com algumas figuras rabiscadas.
Sopitado (adormecido) pelo sono, e o cansaço, que natural e finalmente surgem para acalentar minha alma, ainda assim, insisto nestes escritos, pois, escrever é o meu maior entretenimento psicoterapêutico.
Com certeza a vida desdobra-se em vários fragmentos, poupando-me de muitas dores causadas pela mente ociosa e vazia, com lembranças atrozes, ou o próprio vácuo mental da inércia, e até nisto tudo sou igual a você...
Você pode não escrever, como fez Bunyan, mas, poderá muito bem jogar um outro jogo da vida, quiçá, um carteado juntamente com os amigos, ou um futebol, talvez um encontro para beber e conversar, enfim todos temos uma maneira peculiar de passar o tempo.
O seu ato de viver começa a tomar um corpo direcional idealístico e filosófico, assim foi com os radicais lideres da humanidade, como "Mahatma Gandhi" que estudou num dos maiores centros do mundo, grande filósofo e sábio, que poderia ser um paxá, um marajá, um imperador no sentido literal de gozo da matéria física, porém, entregou-se ao martírio de seu ideal.
Escrevo compulsivamente, até mesmo sem nenhum vislumbre, sem imaginar se serei lido, ou se você, que poderá estar no outro hemisfério da terra, estará lendo essas palavras.
A mim pouco me importa, escrevo sim, e coloco minhas, ou nossas palavras neste maravilhoso veículo de comunicação internáutico para espalhar meus pensamentos, que também assemelham muito aos seus, já que sofremos influências da grande mídia, portanto, pensamos semelhantemente.
Aproveitando o gancho do pensamento, pois, igualmente aos gurus da Índia, Tibete e adjacências, o nosso João Bunyan à João também, na ilha de Patmos, que escreveu o Apocalipse...
Numa cela medieval o religioso teve suas maravilhosas visões paradisíacas, apesar do sofrimento que enfrentava como preço do seu glorioso estado de espírito.
Você e eu corremos estouvadamente atrás da felicidade, e até encontramo-na, mas, sem parâmetro para avaliá-la continuamos inconformados, rivalizando sempre com a felicidade do outro e, aí está o nosso grande erro.
Somos iguais, porém, "a sua galinha sempre vai ser mais gorda do que a minha"...
Bunyan, o inspirador dessas palavras, em sua cela fria, contemplava o paraíso, e com sua fé inabalável, conseguia verdadeiros milagres...
Conta-nos o livro que, o carcereiro daquele purgatório, para não dizer: inferno dantesco, simpatizando com Bunyan, às escondidas concedia-lhe por pura empatia ao seu carisma, que fosse visitar a família, e o nosso protagonista recebia essa gratidão como prêmio divino.
Certa feita, foi visto por algum pároco que, eminentemente foi denunciá-lo e, João naquele momento sentiu-se mal, voltando rapidamente à sua cela, quando em seguida adentra o corredor, e com voz estridente, ribomba o auditor daquela prisão:
- Todos os prisioneiros estão em suas respectivas celas?
- Sim!
- Enfatiza João Bunyan, o homem de Deus...
Então daquele dia em diante convencionou o carcereiro deixá-lo mais livre ainda para visitar sua família, dizendo que Deus o guiava e o guardava.
Fato este que nos faz recordar de Pedro, quando o anjo do Senhor o livrara da prisão.
O Peregrino, envolve-me diretamente a você, somos sim, peregrinos nesta terra estranha, pois, quase não temos consciência desta passagem, valorizada extremamente pela maioria, que não raramente matam-se, como fora o primeiro homicídio entre os irmãos: Caim e Abel.
Dentro do nosso lar existe realmente a diferença, entre o bem e o mal, nossos entes mais queridos, disputam entre si um lugar de destaque, às vezes seu filho concorre com você, querendo firmar-se como mais um ser humano admirado, um vencedor na terra dos homens etc...
A nossa convivência tribal é recheada de percalços, atirando-nos um contra o outro e, se não formos tolerantes como fora na sua resignação o peregrino João, não obteremos muito sucesso.
Deixando o fatalismo, porém, atentando-nos ao realismo, podemos ver que aqui a nossa vida passa rapidamente e, às vezes pegamo-nos em delitos indecorosos sem nos darmos conta de que a nossa frágil vida está por um fio, aliás, estamos sempre vivendo sobre o fio da navalha.
Independente de idade, por muito que se viva neste mundo, ainda assim vive-se nada, comparando-se com a eternidade...
Bunyan, acostumado com a dureza da pobreza, pela qual originou a sua vida, era feliz no seu universo interior, e nada pode ser mais rico e glorioso do que esse universo incomensurável, aonde você e eu, podemos viajar sem o impedimento exterior imposto pela vida de matéria densa, pútrida e viscosa.
A fé, é o nosso maior dom, por ela consegue-se qualquer feito, pois independentemente de crença religiosa, constata-se que, "tudo é possível àquele que crê".
Na minha falta de fé, digo-lhe, ouse, e tenha fé meu irmão, e conseguirá fazer descer fogo dos céus...
Volto a folhear o Peregrino e, noto quanta inspiração fora concebida na mente do pobre-rico Bunyan, encarcerado-liberto, podendo viver e vislumbrar uma vida introspectiva referta de muito aprendizado latente, agora fluído à nós pobres mortais, pelo qual podemos melhorar a nossa maneira de ver o mundo e seus valores.
No primeiro capítulo do livro, podemos notar um certo desequilíbrio mental do grande João, tal como eu, e você nas nossas horas amargas, onde perdemos a estabilidade emocional.
Sempre citando e comparando muitas passagens bíblicas, com capítulos e versetos de profetas de Deus, lá ia ele narrando suas visões.
Numa de suas visitas à sua família, destemperou-se em suas lamurias, vaticinando uma hecatombe em Bedford local de sua clausura, tisnado de mente, era preocupante a sua situação, pois, sua família o reprimia, e o desprezava pelos relatos de suas visões.
Bem, a caridade se é muito fácil para com um filho saudável e belo, porém, se nos parece muito difícil na tolerância com o ancião em situação semelhante, quando volta-se ao estágio primário de vida humana.
Tentava guardar para si a dolorosa estada naquela prisão, por certo, era humilhado, levando uma vida de cão, querendo poupar sua família de seus sofrimentos chegou a desvairar-se em suas atitudes...
Plagiando a João Batista, em uma de suas visões, o seu personagem era aconselhado por um ente evoluído à um anjo, indicando o caminho da salvação, dizia: "Fugi da ira vindoura", e mostrava-lhe uma porta resplandecente aonde deveria dirigir-se, e ser-lhe-ia indicado o rumo certo para a salvação eterna, sempre citando os trechos bíblicos.

Mateus: 23
33 Serpentes, [raça de víboras]! como escapareis da condenação do inferno

Plagiava seu xará: João, o Batista, aquele que batizou a Jesus no rio Jordão, e que foi decapitado por falar a verdade, como fizera o nosso Bunyan...

João Bunyan fundia-se em simbiose confusa com seu personagem de evangelização, fazendo suas caminhadas de vida astral, pouco conhecida aqui dos mortais materialistas, como já aventamos anteriormente sobre gurus, que vivem esse estado nirvânico de bem-aventurança, para ser bem redundante.
Na sua luta interior, faz alusão sobre a porta estreita e de difícil acesso, bem como a estrada estreita da salvação, com meandros incríveis pelos quais transporiam seus frágeis pés, palmilhando a senda da justiça até culminar no paraíso eterno.
Caro leitor, sendo igual a você e a Bunyan, estamos na mesma estrada, cada qual defendendo a sua verdade.
Uns, obstinados pela loucura da maldade, defendem-se veementemente sua "justa" posição de ilibada probidade, dentro de sua verdade.
Bem, a nossa salvação cristã começou em Israel, a islâmica na palestina, a budista nas profundezas orientais, e assim por diante, todos estamos no caminho estreito, ou largo, dependendo somente da nossa consciência.
Aqui no Peregrino, Bunyan fala exatamente de nós dois, eu e você, um é tratado de Evangelista e outro de Cristão, com metafóricos adjetivos usurpando os lugares de nomes próprios.
Explicando-nos as maravilhas do seu mundo celestial, tirado do âmago de sua exegese, posto que, era ele um hermeneuta, ou simplesmente um profundo biblista, conhecedor dos evangelhos do Cristo e de Moisés.
Aqui Bunyan aprofunda-se radicalmente no sofrimento que nos elevará aos píncaros da glória celestial, relatando a inefável beleza apocalíptica, e bíblica, e o encontro com os mártires que deram suas vidas em sacrifícios pelo evangelho e pelo nome do Cristo.
Descreve ele a cidade santa, a Jerusalém celestial, seus resplandecentes querubins como o sol no firmamento, e as ruas da cidade e seus portais divinos reluzentes pelas pedras preciosas que lá existem, e onde o planto nos será enxugado pelo Cordeiro Imaculado, enfim tudo aquilo que nos relata a Bíblia...

Apocalipse: 21
2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva [ataviada] para o seu noivo.

O Evangelista desiste e abandona Cristão o personagem principal de suas visões, querendo dizer a mim e a você que, sempre tem aqueles conselheiros que nos colocam pesados fardos para que nós carreguemos, porém na sua hipocrisia neles nem colocam seus dedos para nos auxiliar.
Fazendo claro as palavras de Jesus que disse: "Aquele que não deixar pai, mãe, irmãos, e amigos não são dignos de mim".
Resumindo, podemos deduzir simplesmente que, devemo-nos apegar ao amor puro, se isso nos for possível.
Voltando à nossa inspiradora personagem, o grande missionário João Bunyan, este homem foi um exemplo de fé inabalável, dentro daquilo que o ser humano pode ser...
Podemos dizer que João narrou a vida do homem na terra e seus tropeços naturais, como ser traído, ser amaldiçoado, joeirado, vilipendiado, sempre na esperança de um dia melhorar esse estado de coisa, que nós dois não entendemos muito bem... Embora você pense ter alguma convicção verdadeira de sua filosofia, mas, o nosso estado de torpor, ou de catarse inconsciente, não nos dá aquela certeza plena de que o nosso paraíso exista mesmo.
Sabe, pretendo ser mais objetivo, penso que todo o nosso paraíso, e o nosso inferno existem à medida em que vamos criando-os, de acordo com a nossa evolução espiritual.
Se você fixar muito a sua mente em algum fato, encasquetando com ele, você acabará sonhando com ele, vivendo-o por osmose, e a paranóia poderá colocá-lo como um ser deslocado daqueles que se dizem normais...
Anômalo, você passará a perturbar quaisquer ambientes, e a sua vida tornar-se-á complicada.
Mas, você não poderá desviar-se desta grandiosa realidade que, é o sonho!
O grande cristão Bunyan, sonhou demais, e sofreu atrocidades por este simples fato, sendo encarcerado, ultrajado e perseguido pelo nome de Jesus.
Jesus é sinônimo de Amor, portanto, qualquer um de nós que ame profundamente a vida, porém, ame-a com amor sincero, incomodará radicalmente a maioria indecisa, vaidosa, orgulhosa, malvada, egoísta, irresponsável etc...
Aqui vai uma justificativa para essa maioria, ela está em estado de maturação, como se fosse um fruto que às vezes amadurece, tornando-se um bom fruto, porém, há outros que apodrecem mesmo antes de sua maturação.
Você, bem como eu, estamos aprendendo com a vida, e quando terminarmos a nossa jornada, poderemos ver então o quanto somos ignorantes ainda...
Na realidade, João Bunyan não era muito otimista com esta vida, estava sempre exortando através dos personagens de seus livros que, ao cristão esperam sofrimentos e grandes tormentas, momentos procelosos advirão sobre aquele que pleiteia a salvação eterna.
Somos peregrinos aqui, independente de bazófias filosóficas, a vida é curta, e não temos certeza plena de que vamos habitar um plano melhor, apesar de usarmos um critério de justiça divina.
Se tirarem o seu sonho, você nada mais vai sentir pela vida, em qualquer sentido de vida.
- Sonhar, realmente é viver!
O pobre sonhador, desde a mais tenra idade luta por um ideal, e após longo tempo de trabalho chega ao seu sucesso e... inconformado com a sua vida, corre atrás de mais sucesso, e isso é muito natural, faz parte da índole humana, até para que o planeta continue na sua ebulição.
E nesta efervescência caminhamos, eu e você, às vezes aparvalhados, às vezes lúcidos, empurrados pelas contingências da vida.
Temos muitos sonhadores neste mundo, Dante com a sua Divina Comédia, Bunyan com o seu evangelho, Hitler com sua histeria de comandar o planeta com mão de guante, Napoleão com a mesma intenção avassalando seus vizinhos e assim todos sonhamos, sonhos sonhados e sonhos plasmados.
Notamos em João Bunyan a sua exegese, como grande conhecedor dos Evangelhos, criou muitas metáforas sobre as próprias parábolas bíblicas a exemplo desta frase por ele escrita no O Peregrino: "A humildade precede a glória" - Plagiando o provérbio salomônico: "Aonde a humildade vai a honra vai à frente".
Atrelado ao seu apanágio evangélico, palmilhava na sua escrituração que fora o seu maior peio, e nas suas pregações.
Consciente de que um dia deixaria a vida na terra, tratou de escrever suas visões, que perduram até hoje nas nossas mãos pelos quadrantes terrestres.
Já há séculos, dizia: Considerai o estado e a condição baixa e servil da maioria dos peregrinos da nossa época, acrescentou ele também, como a sua ignorância, a sua falta de civilização e de conhecimento das ciências naturais. Sobre este assunto discursou largamente, bem como sobre muitos outros pontos semelhantes, tais como - que era estar gemendo e chorando a ouvir um sermão, voltar para casa com semblante triste, pedir perdão ao próximo das mais leves ofensas, e restituir o que fora roubado.
Há dois mil anos, Jesus já falava sobre coisas fantásticas que ouvimos até nos nossos dias atuais, amor, fé, e paz, aqui podemos sentir a trilogia da maior riqueza humana, porém, fica somente na teoria, posto que, a prática é outra, o que é realmente uma pena.
Você, meu caro irmão e leitor, sabia que a maior riqueza está entrelaçada nesta trilogia, este é o tripé da felicidade, o número três, desde antanho é, inquestionavelmente o algarismo mais cabalístico de nossa vida.
- Veja que, desde os nossos primórdios fala-se na Santíssima Trindade, e muitas outras frases de bons presságios.
Veja com que sutileza Bunyan diz estas frases: Confesso que a princípio não sabia o que dizer-lhe, pois tais coisas me disse que me subiu o rubor ao rosto.
O próprio pejo me invadiu a cara, e quase me venceu. Mas, depois comecei a pensar que o que os homens têm por sublime é a abominação diante de Deus, e que este Pejo me diz o que são os homens, mas não o que é Deus, nem a sua palavra, nem os seus pensamentos, que no dia do juízo não seremos sentenciados em conformidade com os espíritos orgulhosos do mundo, mas em conformidade com a sabedoria e a lei do Altíssimo.
Portanto, pensei eu, o melhor é, seguramente o que Deus diz, ainda que esteja em oposição com todos os homens que há no mundo. Vejo que Deus prefere a sua religião a uma consciência delicada; que os mais bem aceitos são pelo reino dos céus se fazem néscios; e que um pobre que ama a Cristo é mais rico do que o mais rico do mundo, se este o odeia.
Aparta-te de mim, Pejo! - Inimigo de minha salvação. Pois, hei de prestar-te ouvidos em detrimento do meu Senhor, do meu Soberano? - Se eu o fizesse como poderia encará-lo no dia de sua vinda?
Aqui nestes escritos, Bunyan não se esquecera de citar os capítulos e versículos em plena consonância com suas belas e bem postas palavras de esmerado orador das massas.
Pejo, uma figura de retórica, que é algo tripudiante, e espezinhador, dando-me o estímulo de alegre escriturário à Camões criar verbetes.
- E por que não?
O grande Camões sentia o odor, e vislumbrava como ninguém a flor do Lácio, apesar de zarolho que o era, portanto, posso também, e você pode sim, com certeza não estará infringindo nenhum mandamento mosaico, ou cristão.
Pejorar jamais, este verbete faz parte incondicional do orgulho e bestialidade humana.
Assim trataram os mais humildes, os déspotas, e sanguinolentos, e vis que exerceram poder sobre a subserviência dos fracos.
Ora, ora... abater os fracos é a maior covardia, porém não deixa de ser a maior lógica, já que para vencer uma luta tem de ser mais forte, psicossomaticamente.
Em contrapartida, Bunyan, faz alusões à humildade em seus escritos, e coaduna-se com a nossa maneira de pensar, embora, somente o ato de se pensar em humildade já quebra o seu valor intrínseco de ser humilde.
Fatalista, à maneira cristã, disse: Realmente este Pejo era um sujeito muito atrevido. Dificilmente pude conseguir que me deixasse, mas ainda depois me apoquentou com repetidos encontros, segredando-me ao ouvido ora uma, ora outra das fraquezas em que caem os que seguirem a religião; mas, por fim, fiz-lhe compreender que perdia miseravelmente o seu tempo, porque nas coisas que ele desdenhava era onde eu via precisamente maior glória.
Só assim pude me ver livre de suas importunações, e, desafogando então em alta voz, exclamei:
São muitas as tentações que encontram aqueles que obedecem à voz do céu, e todas conforme a inclinação da carne: quando umas são vencidas, logo outras nos assaltam.
Alerta peregrinos, portai-vos como sois.
Como o apostolo Paulo escreveu, dizendo que apesar de atento aos seus atos, estava sempre fazendo aquilo que pensava jamais fazer...
Naturalmente o Pejo que, como um ser humano nos faz companhia, sempre nos concitando a sermos grosseiros, toscos, ignóbeis, estúpidos em ofensivas constantes às pessoas que mais amamos, e nossos entes queridos que os digam...
Somos tralhas, safardanas, que temos de nos controlar, para que possamos domar o indomável e feroz felino, que nos habita o mais profundo de nossas almas.
Pobre humanos, arrogantes nos fazemos filhos de Deus.
Às vezes implicamo-nos com nossos semelhantes, de maneira doentia, somente pelo fato de querermos esconder a nossa semelhança, pois notamos os mesmos erros que possuímos, nos nossos irmãos, e queremos esconder aquilo que mais odiamos, a incapacidade de refrear os nossos instintos.
O nosso semelhante é o nosso próprio espelho, até mesmo na nossa vestimenta, pois, aquilo que cobre a minha nudez tem o mesmo nome daquilo que cobre o seu corpo.
Eu uso calça, e você usa calça, eu uso camisa, e você usa camisa, eu almoço no restaurante em que você também almoça, e assim existe muito de mim em você e vice-versa.
Nasci de um ventre semelhante àquele pelo qual você também nasceu, respiro do mesmo ar, e bebo da mesma água dos quais você também faz uso...
Por isso e mais aquilo, eu sou muito parecido com você, até nos erros e acertos...
Convencionou-se a criar regras e limites, usando a força maior que, indubitavelmente é, o castigo da força divina e, forçaram a barra, exortando-nos a crer em uma verdade absoluta, onde um Deus todo misericordioso que a todos criou, coloca sua criatura a arder num caldeirão inflamado pelo fogo do inferno a pelar eternamente com o famigerado enxofre.
Racionalmente fica meio desconcertante tal afirmativa, aquilo que o ser humano não pára para pensar, apenas passa desapercebido desta dicotomia, que a mim me coloca em antagonismo infernal.
Você talvez não se atenha à tacanha e canhestra tese, mas a grande maioria ocidental cristã crê piamente que, Deus possa castigar eternamente um filho que Ele próprio tenha criado, e dito tê-lo amado profundamente...
Aqui não vai nenhum desdouro a Bunyan, pois ele continua sendo o grande evangelista-escritor de sua crença, assim forjaram o seu modo de pensar e crer...
- Você, meu querido irmão, teria sido um cristão manso e humilde se por acaso fosse um soldado nazista?
- E, se tivesse nascido numa tribo canibalesca, seria um cristão?
Dificilmente vejo uma entrevista, com algum meliante, sem ter uma resposta a ele convincente, portanto, havendo a replica, com certeza há a justificativa para seus crimes.
Atualmente é moda, dizer-se ladrão pelo motivo do grande desemprego, e como ecumênico que sou, até quero ver essa tragédia humana, mas não concebo tal atitude.
Apesar de estar bastante entristecido pela desigualdade social, e a má distribuição de rendas etc...
Em outras palavras, nosso Bunyan dizia exatamente isto, apesar de crer enfaticamente na sua verdade absoluta, portanto irreversível e imutável.
Esse castigo inventado pela religiosidade é, o grande freio ao ser humano.
Numa tribo indígena é muito provável que, o silvícola que transgrida alguma lei tribal seja extirpado do seu clã, e com certeza será extremamente penalizado ao deparar-se com as dificuldades de seu meio ambiente, tendo de enfrentar animais ferozes e alguns canibais pela mata etc...
Eis o inferno ardente ao transgressor amazônico-selvático!
Em alguns países aplicam a pena de morte, que como o inferno bíblico parece não meter muito medo nos facínoras presentes na sociedade.
A nossa índole de instinto animal, é o nosso grande problema, pois, quando menos esperamos estamos cometendo nossos despautérios... Imaginemos então aquele que é chegado na maldade, e principalmente o engravatado e prolixo em seus vanilóquios.
E, já que tocamos no prosaísmo, no O Peregrino, Bunyan criou também um personagem chamado Loquaz....
Sabemos que a Bíblia pela boca do Cristo, relata que a fé sem a obra é morta!
Em Loquaz apresenta-se o verdadeiro retrato de muitos falsos mestres da Religião, que fazem consistir esta em muitas palavras e em nenhuma obras
Iam os dois peregrinos nesta importante conversação, quando vi no meu sonho que Fiel, olhando para um lado da estrada, avistara um homem, chamado Loquaz, que ia um pouco distante deles, pois o caminho era tão largo que havia lugar para todos. Era um homem alto, mais bem vistoso de longe do que de perto, Fiel chamou-o, perguntando-lhe se dirigia para o País Celestial.
Loquaz - Exatamente. Para lá me encaminho.
Fiel - Também nós. E, se quer ir conosco, gozaremos a sua amável companhia.
Loquaz - Acompanhá-los-ei da melhor vontade.
Fiel - Caminhemos, pois, juntos, e empreguemos o tempo em conversas proveitosas.
Loquaz - Muito agradável é para mim tudo quanto são conversas proveitosas, e sinceramente me felicito por haver encontrado pessoas que se dediquem a tão boa obra, porque, na verdade, poucos são os que assim empregam o seu tempo quando viajam; a maior parte prefere conversar em coisas frívolas, coisas que sempre me afligem muito.
Bem... essa conversa vai muito longe exemplificando o quanto o homem vive em tagarelice.
Esse tal Loquaz, acompanha todos os assuntos de Fiel, e sendo um ator convincente, engana a todos os que dele se aproximam.
É comparado ao mau político que, em sua tribuna é falaz que, não cumpre jamais o que promete, pois, a vergonha não existe em seu dicionário é um ser de duas caras...
Capaz de enganar a própria nação, como temos vistos, homens miasmáticos que às vezes são depostos pela própria lei aplicada em suas negociatas e, após certo tempo voltam à baila reelegendo-se pelo voto do mesmo povo enganado etc...
Pessoas frias e calculistas que trocam a própria mãe pelo dinheiro e poder.
Essa é a casta mais antiga, ela está em todas as partes, até mesmo no nosso pensamento que muitas vezes quer nos ludibriar com seus engodos estouvando a nossa mente.
Temos um exemplo clássico no Antigo Testamento, quando da primogenitura de Esaú apropriada pelo seu irmão gêmeo Jacó em conivência com sua mãe Rebeca, pois ali houve um misto de mentira onusta de desdém, envolvendo uma família inteira para ludibriar o velho Isaque, patriarca, e servo de Deus, e você que já leu essa história sabe bem do que estou falando.
Bem, em conversa com Deus, Rebeca ficou sabendo que daquele parto formariam-se duas grandes nações, e deu no que deu, cá estamos nós as suas descendências.
Essas pessoas encontram-se nas igrejas, nos senados, e principalmente na mídia dentro dos nossos lares.
Aqui, Bunyan fala da falsidade do ser humano, sabe meu irmão, somos traídos pelos nossos semelhantes, se tivermos refertos de riquezas, seremos paparicados e elogiados com lisonjeiros encômios, no afã de se aproveitarem de nossos bens.
Se estivermos na miséria, então seremos desprezíveis criaturas escatalógicas da vida humana, execradas como a dejetos somos colocados em latrinas onde merecemos ficar, eis o nosso inferno.
Logo mais, Bunyan faz referência a um tal Belzebu, que nada mais é que o "anjo de luz" que imiscui-se perfeitamente com Loquaz, muito bem falante e mentiroso, do qual também já fizemos alusões... Em outras palavras, é Satanás que tenta o Cristo, mostrando-lhe seus reinos da terra etc...
Numa grande feira da vaidade, concitaram os seguidores do Cristo que, passavam de largo menosprezando aqueles bens vendidos pelos mercadores que, atônitos ficavam com a indiferença daqueles homens...
Aquela feira mais parecia um mar proceloso, encapelando sobre os fiéis que foram ali perseguidos com requintes de maldade, feitos à Bunyan em sua vida real.
Mais uma procela vencida na vida cristã daqueles convertidos.
E continua o nosso João a sonhar, agora Cristão encontra-se com Esperança:
Cristão encontra em Esperança um excelente companheiro, e, inflamados ambos no amor de Deus, resistem aos sofismas de vários indivíduos que encontram no caminho.
Vi, então no meu sonho que Cristão não saíra sozinho da cidade, mas que ia acompanhado por Esperança o qual chegara obter este nome vendo a conduta de Cristão e Fiel, ouvindo-os e presenciando os seus sofrimentos na feira da vaidade.
Doravante o nosso escritor faz um belo jogo de palavras, com suas personagens, alertando a nós dois que, o sofisma é feito teia de aranha para nos prender, e nos aprisionar na escravidão dos vícios desta vida.
A nossa sobrevivência carece de calma e sabedoria para que seja relativamente honesta.
Realmente Bunyan seguia contundentemente os ensinamentos de Jesus, realçando o fato de a riqueza ser a causadora de todos os males desta vida.
Nestas palavras barganha-se a nossa miserabilidade de sofrimentos pelo reino dos céus.
Bunyan era pobre, de família muito pobre e que, por acaso converteu-se ao cristianismo, e lutou muito para perseverar na conduta de vida cristã.
Nos dias hodiernos vemos abertamente pela mídia televisiva e dentro de nossa mais recôndita privacidade bispos e pastores muito elegantes, dentro de grandes Babilônias refertas de belos ornamentos, e andam também em carros importados, e moram também em condomínios de alto luxo em suas mansões, enquanto pedem dízimos e ofertas aos mais necessitados e desesperados que, por suas vezes esperam agradar a Deus com o toma-lá-dá-cá - a barganha de soma pela super soma, e no final o gozo perenal no reino dos céus.
E, você meu irmão, o que está achando dessa nossa conversa arrogante, posto que não passo também de mais um pobre pecador?
Você pode até não concordar com a minha prosa, porém se chegou até aqui é porque despertou algum interesse em você, e cada vez ficamos mais humanos e mais iguais...
E, "contra fatos não há argumentos".
Não somos cegos, nem mudos, ou surdos para enxergarmos que as igrejas em todo o planeta são riquíssimas.
Estou mentindo?
Por que ela prega o amor enquanto, muitos estão morrendo à mingua?
O Cristo foi enfático quanto à distribuição de rendas, aliás, apenas matar a fome dos famélicos, uma porção de mendigos habita o planeta e quanto mais religioso for o país em pauta, mais miserável é o povo.
O desespero aumenta a fé dos religiosos neófitos, propalando assim a igreja seja ela qual for...
O nosso país Brasil, é um continente muito rico pela natureza, e desponta entre os dez mais ricos do planeta economicamente, e por que tanta miséria?
Porque a riqueza nunca sai das mãos de um percentual ridículo na vergonhosa herdade cartorária, e, convenhamos, essa riqueza é naturalmente oriunda do estrangeiro, portanto, estamos enterrados em dívida eterna com o FMI - bem, estamos desvirtuando o nosso assunto do evangelista e seus dotes cristãos...
Mas, no fundo é isso mesmo que Bunyan quis dizer, usando as palavras do Cristo, resumindo esse nosso planeta numa balbúrdia do salve-se quem puder.
Neste planeta já passaram líderes até bem intencionados que se esforçaram para um socialismo que foi o caso de Jesus, pregando igualdade através do merecimento, porém foi logo descartando a vida confortável na matéria, até chamava os escribas de hipócritas e os fariseus ídem, à João Batista, seu precursor e primo que causticava os ouvidos de seus interlocutores com frases como esta: "Oh... Raça de víboras, quem vos fascinou a fugir da ira vindoura"?
Aqui, o Batista foi meio fatalista, pois, esta frase nos dá o sentido de predestinação e... bem, na realidade a Bíblia sofreu muitas traduções do grego, do aramaico e outras línguas e, é quase impossível não haver alguma alteração na falha humana de seus tradutores e até mesmo nos seus originais.
De toda essa nossa tertúlia, resta verazmente o amor, que tudo crê, tudo suporta, tolera, enfim, nada pode suplantá-lo.
Espero que continuemos amando-nos mutuamente como Jesus tem nos amado.
Querido irmão, procure entender o amor e continue exercitando-o, pois, ele é o vínculo da perfeição...

Começamos as nossas escritas com uma mensagem dirigida a um casal de amigos, que encontrava-se numa embaraçosa situação...

PERVAGAR

Às vezes ficamos atônitos, com a mente estouvada, sem metas... aleatoriamente caminhamos perdidos... pelos nossos caprichosos desejos, porém, somos ingratos com a vida, pois, ela tem sorrido tanto para nós, e, cegos não enxergamos suas benesses divinas...
Esta forma de alinharmo-nos, faz parte da vida, pois, quem nunca pecou, disse: "Pai meu, Pai meu, por que me desamparaste?"

Mateus: 27
46 Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me [desamparaste]?

Marcos: 15
46 Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me [desamparaste]?

- Estaria o Filho de Deus, Jesus, com a mente tisnada?
Pediu ao Pai que Dele passasse o cálice amargo da crucificação, porém, que se fizesse a sua vontade etc...
Temos tudo e, nada temos, perdemos noites de sono, e afogamo-nos num copo com água.
Aparece aqui a lei da compensação, querendo mostrar-nos que, tudo debaixo do sol não passa da mais pura ilusão e, por esta ilusão sofremos...

Eclesiastes: 1
2 Vaidade de vaidades, diz o pregador; [vaidade de vaidade]s, tudo é vaidade.

Devemo-nos entregar inteiramente a Deus, que de todos cuida, a natureza é sábia e pródiga, e... o amanhã será um novo dia, pelo qual passaremos sem darmos conta do dia de ontem...
Somos uma engrenagem perfeita da mecanicidade cósmica, e por assim ser, o universo é ciclicamente perfeito, pois, nada é igual a nada, assim sendo somos uma entidade ímpar, nada pode substituir-nos no contexto universal.
Meus filhos, vocês podem metamorfosearem-se de vida em vida, porém, jamais serão repostos, lembrem-se somos entidades sem igual!
Então sintam o quão importante vocês são na ordem etérea.
Vocês podem... peçam com fé e vontade ardente e, conseguirão seus desejos.

Marcos: 9
23 Ao que lhe disse Jesus: Se podes!-[tudo é possível] ao que crê.

Alegria intrínseca
Dentro de nós moram anjos,
Um anjo bom, e um anjo mau...
Oreis para que não entreis em tentação.
Assim Jesus dizia:
Oreis, meus irmãos.
Oreis noite e dia!
Amparadores presentes.
Ora temos paz, ora ostentação.
Maldades ausentes...
Assim nos servem, anjos clementes...
Podemos cultivar tristeza, ou alegria...
Dentro de nós moram anjos,
Um quer que você chore, e outro, que você ria...
Coisas corriqueiras do dia-a-dia

São 6 horas, ou mais precisamente 18 horas, hei-la ressurgindo... aquela que sempre me atormentou, no sentido mais amplo da palavra, a intempestiva tempestade dos meses de dezembro e janeiro...
Vejo-a no poente, de onde ressurge triunfante, e me ponho à inquietude de sempre.
As luzes se apagam incontinentimente e, procuro um subterfúgio aqui e acolá... entro no meu escritório com duas velas acesas e...
Bem, moramos em um sítio, há longos anos... lugar rupestre, verdejante, longe de tudo e de todos que possam nos importunar, mas, lá vem ela, e começo a entender que a perturbação é intrínseca e, que se aflora do nosso interior...
Sento-me defronte à minha escrivania e, para despistar o medo passo a esboçar estas palavras sob a penumbra de duas velas acesas.
Há pouco, estava balançando-me, enlevado pela preocupação com a vida, em uma das redes que temos no alpendre da casa de campo simples, modesta, mas, com certo conforto, quando vislumbro o céu tisnado, e alguns coriscos acompanhados de seus ribombares...
A vergasta chega com seus ventos uivantes, e o açoite é certo, os ciprestes vergam até o rés do chão, galhos se quebram de árvores menos flexíveis, enquanto, escrevo alucinadamente para não pensar no pior.
O calor faz o ar abafado e intenso, mas, tudo é gratificante pelo simples motivo de estar escrevendo, um dos meus passatempos favoritos.
As trovoadas continuam, sons espichados... qual o sonido do diapasão de aço refratário a sibilar reverberante ao infinito de nossa audição...
Os dois lumes são estáticos, enquanto, extático... apenas a minha destra discorre os pensamentos nimbados de fobias mil, posto que, o local onde me encontro é quase hermético, e as labaredas estão aprumadas à um incensário, fluindo aos deuses que cuidam das tempestades que sempre assolam este plano de ebulição constante.
Os dias se repetem e, o tempo passa impiedosamente.
Os nossos dias se encurtam de maneira escandalosa...
Neste momento meus pensamentos são esparsos e, reconheço a minha particular pequenez diante da grandeza universal, e conjeturo sobre tantos fatos do cotidiano:
Quantos seres humanos já marcaram suas presenças nesta vida, e hoje já não mais são vistas nem lembradas pelos que aqui ficaram.
Vivos, seremos lembrados pelos interesses da vida, assim é a natureza, e ninguém tem culpa, assim é o instinto humano, às vezes demasiadamente humano...
Mortos, dificilmente seremos lembrados, às vezes por interesses humanos novamente...
A minha família é privilegiada, poucas intrigas, ou desavenças, porém, não passa ilesa, impune, pois, aqui é lugar de se aprender, e apreender, e nada mais lógico do que a prática, e esta prática é, luta renhida, feroz, já que, a natureza não apalpa, ela vem com azorragues e esfrega o couro dos humanóides.
Nossos parcos vizinhos não são muito diferentes de nós, com seus percalços normais da vida de humanos mortais.
Paro de escrever e, começo aleatoriamente fitar as luzes das duas velas que, nem sequer tremelicam, inebriado pela fixação displicente sobre o fogo, faço uma introspeção sobre esta maravilhosa energia.
Enquanto uma suave chuva cai sobre o nosso telhado com o seus sons peculiares, fazendo com que me relaxe mais profundamente, até porque a tormenta já se foi.
Tudo inerte; computador, fax, sons eletrônicos, televisores, mas, por um milagre a linha telefônica continua ativa, neste exato momento ouço o seu som enfadonho de todos os momentos, e alguém de casa atende-o, e eu continuo na minha letargia, quiçá, catártico, amenizando as mazelas mentais.
Continuo em languidão profunda a olhar, embriagado pela lassidão hipnótica, apesar de sentir a presença divina.
Em apenas uma chispa de fogo posso vislumbrar um encantamento formidável, alumiando-me a alma, uma vida vivida por um momento que se eterniza na sabedoria de viver, qual esta de trasladar escritos entre as linhas de meu caderno de anotações.
Eu que estava há momentos a mexer no meu "Web-site" no afã de melhorar o seu "design", agora peço aos rogos que, a energia elétrica não venha molestar minha introspeção de espírito.
Às vezes encontramo-nos presos em mesmices condicionadas...
Sabe... amigo leitor, a maioria profissional cria o seu mundo, e nele fica cerceado, e tolhido entre quatro paredes mentais.
Fecha-se em sua redoma inconscientemente, achando que ali está o maior universo de sabedoria e conhecimento que possa existir.
Essa maioria repete o mesmo ritual todos os dias de sua vida, ela trabalha, descansa, torna a trabalhar e a descansar o mesmo trabalho, e o mesmo descanso, e não se cansa dessa monotonia...
Geralmente exibe títulos e condecorações, pois, estamos tratando da maioria.
Obs.: Cada um de nós tem a sua frustração própria para colocar para fora... assim a prepotência acompanha-nos sem que a percebamos.
Bem, para não ser injusto e, querendo opinar... espero estar escrevendo sob a égide do bom-senso: A maioria aceita resignada a ordem tacanha, cabotina e canhestra da minoria.
Se a maioria e a minoria tivessem o desejo e o tempo para contemplar uma flor, descompromissadamente com suas vaidades, veriam que existe muito mais do que imaginam suas cabeças obtusas.
Os pernósticos homens de status, tripudiam sobre seus irmãos, antigamente era à mão de guante mesmo, mas, hoje em dia eles apelam para a pseudo diplomacia, dissimulada, enganosa, mentirosa, prometendo tudo e cumprindo nada, assim está o mundo no atual estágio de evolução.
Pensam somente em si, no malfadado desejo mórbido de amealhar e guardar riquezas terrenas, e desprezam a hombridade de antanho, onde se fazia valer o fio de bigode.
Matar, nunca foi correto em qualquer situação, porém, nos dias hodiernos mata-se para ver o tombo, sem o mínimo motivo, a não ser o da frustração humana.
Antigamente, matava-se pela honra, pela ofensa, ou qualquer ignorância mental, porém, nos dias atuais a coisa está desregrada, destaramelada, a porta da criminalidade escancarou-se realmente.
Não se sabe ao certo quem realmente é policial, ou meliante!
Que vergonhosa situação.
Bem, amenizemos a nossa fala, estávamos eivados de oníricas e homéricas palavras, que ao mínimo são inócuas à nossa saúde psicossomática, talvez pracebos, que não passam de engodo inconsciente, mas, inocente...
Porém, jamais poderemos afirmar que o nosso divagar seja alguma peça pregada pela nossa mente, pois, os grandes homens foram os grandes pensadores, exercitaram o seu Dom maior, o divino Dom dado pela natureza que tudo cria...
Pena que, nós seres humanos pensemos distorcidamente e cometamos desatinos mil...
Posto que, a vida é efêmera para praticarmos tanta maldade.
Depois de um interregno de dois dias... volto às escritas, alta hora da noite, tento concentrar-me, porém, nossos cães ladram alucinadamente, fico impaciente, já que, aprendi a perceber seus dotes refinados de percepção...
Cada manifestação de seus alaridos, tem o seu motivo e significado, isto é maravilhoso, dádiva da natureza.
Quando está chegando um veículo conhecido, eles se manifestam a uma distância de cem metros, então fico pensando, seria o faro, a audição...
Passou um carro com alguém acionando sua buzina intermitemente e o alvoroço foi muito grande, os animais dos vizinhos também ladraram sobremaneira.
Aí veio a calmaria, o prenúncio do alvorecer trouxe-me mais silêncio, adoro o silêncio... aquele de doer, silêncio silencioso mesmo...
Embora, saiba que o silêncio está condicionado à nossa mente...
O citadino, ou o metropolitano está sempre distraído com seus afazeres e sequer pensa neste tema "silêncio" e, quando o procura simplesmente não o suporta.
No sítio onde moramos, temos uma pequena pousada de aluguel para feriados e finais de semana, e notamos nos olhares e nas palavras dos nossos inquilinos temporários a felicidade vergel a nós transmitida, logo após suas chegadas...
As horas passam e, notamos suas inquietações, e o infernal barulho de muitas algazarras e às vezes orgias.
É o ser humano condicionado ao seu meio, assim, como aquele que gosta do isolamento e do silêncio, atitudes anômalas no conceito da normalidade social.
Geralmente são insaciáveis, iludidos com os bens desta vida, adquiridos com o sangue de seus irmãos.
Sou um condicionado escritor, enervado com as atitudes humanas, mas, também sou um deles, apenas querendo endireitar o mundo segundo a minha ignara visão.
Afinal, quem sou eu para mudar alguma coisa?
Não consigo mudar a mim mesmo!
Enxergo erro em tudo, menos em mim...
Apesar de reconhecê-lo, apenas isto e nada mais...
Realmente existe a exceção de alguns seres benfazejos nesta vida, são pessoas de última geração, são os topes de linha, são os grandes avatares que se doam plenamente ao bem do próximo.
Esquecem-se de si mesmos e entregam-se ao bem comum, não têm tempo para avaliar, abalizar, criticar, apenas ajudar...
São poucos, são cientes de sua última reencarnação neste plano de aprendizados...
São a própria bem-aventurança.
Desceram ao abismo para nos alumiar o caminho, mesmo assim não enxergamos e tropeçamos nos pedregulhos, ou nas montanhas desta vida.
Não temem a morte nem matadores, são ilesos e imunes à morte, sabem que não morrem, apenas transformam-se...
Transcendem ao pensamento comum, nem precisam pensar coisas pequenas e insignificantes desta vida terrena.
São extremamente felizes e alegres, às vezes enfermiços e cambaios vão socorrer seus irmãos.
Saram feridas alheias, enquanto, as suas perduram sem qualquer curativo, assim são esses amoráveis seres que, por nossa sorte ainda existem.
Já que estamos tratando de seres e assuntos nobres, vou colar neste livro um artigo que acabo de receber de um amigo, e que poderá ser muito útil a você leitor, embora, sempre espero que não haja necessidade, porém são coisas da vida...
Nem sequer vou colá-lo, vou explicar à maneira mais sucinta possível:

Caso seja surpreendido por um sintoma de infarto, tussa lá do fundo de sua garganta e procure socorro imediatamente, respirando profundamente.

Este meu fraterno amigo, acaba de fazer-me uma enorme caridade, aliás, uma verdadeira caridade, dando-me uma vara para eu pescar, pois, o peixe está na minha necessidade, onde nem sempre alguém poderá pescá-lo para depois me doar.
Aprendizado:
Existe um aprendizado que havemos de aprender com a prática da vida.
Se prestássemos mais atenção na natureza, tiraríamos ensinamentos espetaculares para a arte de sobreviver.
A sobrevivência é realmente o maior aprendizado que podemos tirar desta vida problemática e cíclica.
Andarengos passamos pela face da terra demarcando o nosso espaço do dia-a-dia, e... à qualquer maneira chegamos ao mesmo destino: a morte.
Aqui iguala-se o ignorante e o sábio, o arrogante e o humilde, o rico e o pobre, o bem e o mal...
Prestemos atenção nestes provérbios: "Desgraça pouca é bobagem." – " A desgraça sempre vem acompanhada." – Urubu com azar, o debaixo defeca no de cima."
Esse negócio de atração mútua é muito antigo, sabe...
Um grande sábio de antanho, chamado Salomão, escreveu um livro bíblico, chamado: Eclesiastes, e, em uns de seus versetos ele versejou que, há tempo para todas as coisas.
Tempo para nascer, para morrer, para plantar, para colher etc...
O sábio rei Salomão, já se apercebia de que nós, os viventes deste mundo precisamos aprender com o tempo...
A vida é um momento cíclico que oscila intermitentemente, às vezes não queremos aceitar situações que, não dependem de nós, e sim da natureza divina.
Quantas coisas queremos para nós, e nem sempre nos são concedidas.
Já o pensador, pensa como o grande apóstolo Paulo, que disse: "Tudo me é lícito, mas, nem tudo me convém."
Quem aparentemente tem de tudo nesta vida, envelhece, envilece, o que é pior ainda... além de um dia morrer e deixar seus bens aqui, sendo sepultado com a sua ignorância, eu quase ia dizendo sabedoria, mas, se assim o fosse, deixaria bons exemplos de vida.
Salomão também escreveu, dizendo que "debaixo do sol tudo é vaidade!"
Então aqui resume, ou sintetiza a maior riqueza do homem, a liberdade de consciência.
Quando se pode colocar a cabeça sobre o travesseiro, e dormir desvencilhado de qualquer erro voluntário, então pode-se considerar muito rico.
Ao praticarmos simplesmente o bom-senso, praticamos o amor ao próximo e, aqui resume-se toda a lei de possa existir.
A sabedoria vem com a eternidade, já que estamos aprendendo sempre, nem sempre amar é aquilo que entendemos como amor; há pai que dá ampla liberdade ao filho pelo amor, chegando ao pseudo-amor da libertinagem, pensando estar agindo com amor, e até pode sentir isto como tal, porém, passa ao largo do amor ético, pois, tudo que possa trazer prejuízo à alguém não passa de mera dissimulação amorável.
Há momento para o aprendizado com a dor da responsabilidade, que poderíamos aqui dizer: Há momento de castigo!
Porém, este termo torna-se pesado, castigar é um verbete estigmatizado e frustrante.
No fundo, no sentido literal... que seja castigo, mas, será ameno tratarmos como lição, ou aprendizado.
O ser humano sofre, e muito, pela sua ignorância!
Faz-se um douto senhor e, comete-se a mais esdrúxula violação do código humano.
Torna-se egocêntrico e egoísta, tripudiando sobre os pseudos- ignorantes irmãos, pois, conhecimento e diploma não passam de "reles hipocrisia", sendo que, sabedoria sobrepuja todos os conhecimentos acadêmicos.
Nada contra o ensino, mas sim; contra o mercantilismo inflado de ignomínia e arrogância de pobres e efêmeros mortais.
Leis, leis, leis...
– Por que este absurdo de tantas leis, contraditando-se umas com a outras?
Aliás, leis para pobres e escravos que aumentam cada dia mais, feudalismo velado!
"A esperança, sendo a última que morre", esperamos que logo se instale no nosso rico país uma distribuição de rendas digna de seres que cumpram a lei do amor.
Estamos tratando de uma vertente muito ínfima do verdadeiro amor, mas, já é um começo.
Jesus apregoou o amor incessantemente, aliás, com muita propriedade, o Sermão da Montanha exemplifica bem o amor, e há dois mil anos, ninguém aprendeu o básico do amor.
As grandes igrejas estão aí pregando e fazendo uso do mercantilismo do amor, já que este é o verdadeiro Dom dado-nos por Deus, e estamos sempre relegando-o à nossa hipocrisia, ousamos até afirmar que amamos...
- Então podemos perguntar, por que as religiões são donas de empresas multinacionais, empresas bancárias, e movimentam muito dinheiro dos pobres e necessitados e, fazem estardalhaço nos vídeos de televisão, mostrando apenas os "milagres e expulsões de demônios", para impressionar e pressionar o incauto a encher seus cofres com dízimos e mais dízimos?
Jesus também nos disse: "Neste mundo vós tereis aflições e dores" – ora, ora, estas palavras foram ditas aos fiéis das religiões...
Veja, caro leitor, a negociata proporcionada pela má-fé de homens hipócritas, não existe nenhum apóstolo Pedro, João Batista, Estêvão, e outros mártires da atualidade, posto que, escrito está que haveria uma enorme nação de cristãos nos últimos dias, então perguntamos:
Cadê os mártires da atualidade?
São sofredores apenas... enquanto, não se convertem à determinada seita hodierna?
- Então, por que os religiosos não mostram também os sofrimentos de milhões de fiéis, sempre jogando a culpa em Lúcifer?
Falávamos sobre as leis, leis criadas pelos interesses dos homens mais indignos da face da terra, os que mais ganham, os que mais viajam, os que têm as maiores mordomias e, por coincidência são eles que inventam essas leis...
Vemos as calamidades públicas, que na realidade atinge a população mais pobre.
Vejamos as enchentes que ceifam vidas dos menos favorecidos.
Já se viu noticiar que nos bairros nobres, e nos condomínios de luxo dá-se enchente?
Não, é muito claro que não!
Nas residências de prefeitos e governadores existe esse descalabro de enchente?
Não!
Então existe alguma lei que os protege, posto que, nada fazem em benefício da população...
Alguma lei que culpe Deus, ou a natureza e suas intempéries...
Todos homens importantes do país à Pilatos lavam suas mãos, eximindo-se da culpabilidade de seus governos mal geridos, aliás, eles têm suas consciências cauterizadas.
São mentes leprosas em estado avançado de degenerescência e, nada sentem realmente, mas, existe na natureza cósmica uma lei para eles, a lei do retorno.
A eles, vamos melhorar o verbete de leprosas para hansenianas, eles merecem e, é assim que eles fazem discursos bostejantes e prolixos, até achamos que sejam pró lixos...
Ninguém fica impune à ela, esta lei é implacável!
Suas desgraças virão à cavalo!
Mas, vamos conjeturar, e virtualmente mudar já esta situação, no planeta; existem os povos adiantados, com suas populações fartas, então acreditamos que o nosso país chegue lá, embora possa demorar algumas décadas.
Não devemos esquecer a nossa importância econômica na conjuntura mundial.
Há no nosso âmago a fé e a esperança profundas em melhorarmos o nosso país, e também o planeta.
Já fomos escravocratas, canibais, déspotas, menos hipócritas do que hoje, porém, podemos vislumbrar certa evolução na humanidade, mas, como ela cresce desmesuradamente, e surge a demanda pela sobrevivência, e aí o bicho pega, pelo desemprego que as máquinas roubaram da mão de obra humana.
Apesar de trocarmos nossos tacapes pelas nossas ogivas nucleares...
Infelizmente esta é a nossa essência... trazemos dentro nós duas personalidades, duas forças eqüidistantes... como dissemos na poesia acima: dois anjos.
Arte de viver, ética de vida, tabu, consenso, bom-senso... vêm com o meio em que se vive, deixando nossas mentes baralhadas com relação à sabedoria etérica...
Falamos a língua de nossos pais, somos moldados ao sistema de vida pela qual somos formados na nossa personalidade.
Aprisione-se uma criança e, induza-a a fazer maldades diuturnamente e, ele terá este sistema como a sua verdadeira "verdade".
Muitos déspotas que governaram nações importantes da terra fizeram isto em massa, e o povo entorpecido pelas enfáticas palavras, creram em suas "verdades" e, a hecatombe mundial fez-se manifestar, quase culminando na destruição da humanidade.
O poder da palavra é, realmente possuidor das energias emanadas de conscientes coletivos, forjando-se nações que, como ovelhas marcham rumo ao seu próprio matadouro.
Líder, bem... quem for líder tem uma enorme responsabilidade em si, que dá até pena... se não precatar-se contra estes conscientes que a todos nos envolvem sorrateiramente.
À extraterrestre podemos abduzir mentes de nossos irmãos, influenciando-as ao bem, ou ao mal.
Na prática podemos perceber a presença de pessoas empáticas e apáticas, e nelas notarmos estes dois tipos de energias emanantes.
"Querer misturar óleo com água é, malhar em ferro frio..."
Aqui existe um grande detalhe: somos produtos do meio plasmado e do meio etérico...
Jamais esqueçamo-nos, dentro de nós moram dois anjos!
Ser forte é obrigação de todos os viventes, observação: ser forte não é sinônimo de vencer do ponto de vista humano.
Pode-se perder tudo na vida, menos a dignidade e fé, então se é, simplesmente forte.
Nada importa ao seu universo interior aquilo que os outros universos possam avaliar a seu respeito, você e sua consciência são a grande verdade que restará dos conflitos internos e externos de sua mente.
O nosso mundo deve ser amplificado, e não restrito apenas como simples elo familiar entre pais e irmãos.
Nossos pais sempre têm desejos elaborados em suas mentes para nós seus filhos.
Porém, o universo da vida é desmesurado, por onde devemos percorrer com infinitas possibilidades de vida.
Estamos na vida para lutar contra todas as hostes imagináveis, então temos de ser corajosos, não há outra saída.
Você, amigo leitor, poderá neste momento estar passando por grandes dificuldades na vida, ora, o problema está na sua óptica filosófica de vida...
Você sempre esteve em dificuldade, desde a hora do seu nascimento, acontece que, você aprendeu a tecer parâmetro para sua felicidade, e a imagina de uma maneira inatingível.
Os meandros do cotidiano é, o grande motivo de se viver.
Os problemas estão aí para serem resolvidos...
A cada resolução, uma pequena, ou grande alegria.
Escopo, ou meta do dia-a-dia, aqui está o segredo para se viver de maneira equilibrada.
Diariamente temos uma barreira para transpormo-la.
Assim é a nossa vida, e será inteligente se continuarmos a lutar contra toda a adversidade que se nos apresentar, pois, estamos aqui neste mundo para o resgate do aprendizado na eternidade.

A vida, é arte!

Estandarte de atos,
Criação mental,
Projetos de fatos,
Açúcar com pitadas,
Sempre marcadas
Com nosso glorioso sal.
Temaperada com sorte,
Marcará o nosso norte,
Será vida, descarte da morte

A vida, é maya,
Ilusão que desmaia...
Esmaecendo no infinto,
A eternidade é, o seu fim!
Falo por você, e falo por mim,
Nada se acaba,
Tudo se movimenta,
Vida safada,
Que deixa lamento,
Ao ser purulento.
Qual, não entende seu fim.

A vida não é, só susto,
É também, alegria.
Onusto de paz vem o dia...
O sol sobre o arbusto.
O amor, vem fazer companhia
A quem procure ser justo,

Vem trabalho,
Vem descanso,
Do velho acaso,
Chega o pranto.
Vem o descaso,
E, vem o acalanto.
O choro, no canto,
Torna-se santo.
- Por que o espanto?
O santo sai desta vida,
Por mais aquecida,
Ou quiçá, atrevida.
Após, ser provado,
No cadinho do ourives,
Você pode ser ouro,
Do mais puro quilate,
Ou a pulga no couro,
Do cachorro que late.

Vem a noite,
Vem o dia,
Vem açoite,
Vem alegria.

A vida é uma mescla,
De derrotas e glórias,
E, pode ser uma merda,
A quem não vê a história.
A mente é uma tecla
De magia simplória.
Portanto, é o que pensa,
Alegria, dor intensa,
Depende de como se avença,
Esta vivência de agora,
Ou viver de outrora.

Vida, a grande escola,
Da medida, a nossa escala.
Montanha, que se escala,
Dependurado à sacola,
No braço de linda donzela,
Donde não quer descolar.
Da prova, sua cola,
Tal qual sua esmola...
Do cego, e da cinderela
Jamais quer descolar.

Acorde, antes que entardeça,
Não deixe que lhe doa a cabeça.
Vem a noite, insônia e enxaqueca.
Não acho, que isso você mereça.
Sua vida deve ser boa à beça...
Não seja um enxarca-cueca,
Lenvante-se e se estabeleça,
Antes, que vá o dia, e anoiteça.

Gostei de rimar com eça...
Queiroz, também gostava dessa,
Aliás, de Queiroz era Eça...
Voltando à sua cabeça,
Nem que ela lhe entristeça,
Mas, que sua visão lhe enriqueça,
Mesmo com preguiça,
De sua justiça
Careça...

Falei de você, e de mim
Como pseudo poeta.
Somos irmãos, somos afins...
Preguei um pouco de moral,
Acho que isso não nos fará mal...
Não sou anjo, nem serafim,
Eles, até riem do meu fim.
Achando que sou um porreta,
Pois, não acho, que nada mereça.

Meu Deus, quanta bobagem,
Logo chegará a estiagem.
Às vezes reclamo da chuva,
E, também do dia estouvado...
Mas, quando olho ao meu lado,
Sinto-me, réu comparado...
Enquanto, ao sabido enólogo,
Disponho-me a lhe dizer: até logo...
Tomo um cálice de vinho,
Quente, ou, até mesmo gelado.
Daquele, que não se formou sozinho.
Ah... se não fosse a chuva,
Também se não fosse a estiagem...
E, porque não dizer com carinho.
Ah... se não fosse a uva...
Ah... se não fosse a bobagem.
- Qual seria o caminho?
Quiçá, estrada de espinho,
Abespinhando em vadiagem...
Desestimulando a coragem.
“Bobagem” é a própria vivência,
Da vida nada se leva,
Por muito má, que ela seja,
Ainda, o amor nos enleva...
Na eternidade não passa
De mera inocência,
Se, de Deus não fora a clemência.
Que a alma se nos ultrapassa,
Dando-nos o bom ensejo
De viver resignado,
Deixando passar o malvado.
Atemo-nos ao bom lado,
Que a vida nos terá mostrado.
O espírito fala mais alto,
Na eternidade, ele dá longos saltos.
Enquanto, a matéria é esterco,
Onde o mal faz o seu cerco.
O homem vê-se esperto,
Com o mal, fazendo concerto.
Cego, dorme dominado,
Ao seu lado o lindo
Estragado, rindo
Fica fascinado.
Conquanto, dorme a matéria,
O espírito fica desperto.
A matéria, sempre em férias
Nas noitadas da noite,
Para a alma, só existe o dia.

Vida, velha bagagem...
É, o caminho,
É, o descaminho...
Sentida, no sentido da vida.
Estrada, estada,
Humana passagem.
Dívida devida,
À poeirenta estrada.
Caminhamos à manada.
Atrás do sentido.
- Sentido de quê?
- Da morte, viver!
- Da vida, morrer!
Aqui está respondida,
Basta querer entender.
A energia nos dá guarida,
Vive-se pra outro morrer.
Morre-se pra outro viver,
É questão resolvida,
Basta querer inverter...

Da dor nasce o prazer.
Do amor nasce o ódio,
Andam par e par...
Assim aprendemos a viver.
Vencendo o ódio com amor,
Chegaremos ao pódio,
Com medalha feito colar,
Na mão, uma taça de flor,
E, muita alegria no olhar.

Desejamos-lhe muita alegria na arte de viver!


Dizendo sim ao não!

Dizer sim ao não, jamais é concordar com o negativo, e sim substituir o não pelo sim!

Sem nenhuma alusão à mentira, abominamo-na peremptoriamente, mas, em contrapartida, perguntamos:
- O que é a verdade?
Cada um de nós tem a sua particular verdade de acordo com aquilo que seus pais impregnaram na sua mente como verdade, que pode ser a mais pura mentira à outra memória, ou outra cabeça...
Se tomarmos uma mulher adepta do naturismo, em pêlo, nuazinha como veio ao mundo, e a introduzirmo-la numa sinagoga islâmica, sai de baixo, meio amigo, será o caos e a confusão estará estabelecida, poderá até sair morte no meio de tamanha religiosidade...
O catolicismo dessa senhora, ou o evangelismo puro de Adão e Eva, não serão a mesma verdade absoluta dos muçulmanos.
- Imagine só se essas mulheres são proibidas de desnudar seus rostos, já pensou o corpo todo?
Porém, sem envolver religião ao assunto, podemos deduzir aqui neste pequeno exemplo que, a verdade é apenas relativa.
Todo este assunto é para justificar que, os seres humanos adoram ouvir somente aquilo que eles querem, dentro da sua mais plena hipocrisia, ou verdade... mas jamais admitindo ser mentira.
Todo o homem, no seu ego, quer ser o dono da verdade, então diga sim ao não, concorde com a verdade de seu irmão, ao menos respeite a sua filosofia de pensar, sem julgá-la, e estará agindo à maneira mais correta e inteligente...
Estará dizendo sim ao não...

Sim & não

Estas duas palavras antagônicas, fazem o inferno da nossa vida!

A começar pelo berço, onde ficamos quando por aqui chegamos, e lá estavam todos a nos paparicar, porém, com um enorme não em suas bocarras.
Às vezes inconscientemente nossos genitores coíbem nossas atitudes inocentes, dizendo que se fizermos isto, ou aquilo... o bicho-papão vem para nos pegar, e este tipo de nos dizer não, é doído e doido... e nas suas santas ignorâncias nos impregnam para o resto de nossas vidas, e por isto somos medrosos, para não dizermos o pior... covardes diante da vida.
É premente nos dias atuais, na interatividade humana usar-se da sutileza na comunicação.
Pelo óbvio motivo de não sermos iguais, tampouco, pensarmos as mesmas coisas...
Este assunto é bastante dispersivo, já que somos seres criativos, pois, dentro de uma facção religiosa, ou de uma sociedade por mais condicionantes que sejam, ainda assim seus membros pensam diferentemente, colocando em dúvida muitos de seus preceitos e preconceitos.
Se somos criativos, ficamos impossibilitados de sermos iguais, aliás, nada é igual a nada, apenas semelhante...
Em um ajuntamento qualquer, cada um de nós está disposto a dizer aquilo que pensa, porém, não o faz pelo cerceamento mental induzido pela presença do grupo.
Parece-nos mais cômodo não nos expormos às criticas dos demais pensamentos, então percebemos no ar o repúdio a nós mesmos...
Notemos, nós, dizendo não a nós mesmos...
Neste assunto, podemos perceber a profunda sabedoria do amor, quando rejeitamo-nos a nós mesmos, pelo medo de externar nossas pseudos fraquezas humanas.
O que mais fazemos nesta vida é errar, desde os mais recônditos pensamentos, aos mais escabrosos atos que colocamos em prática...
"Amai o próximo como a vós mesmo" – se não soubermos sentir o amor em nós, não saberemos senti-lo no nosso próximo também.

I Pedro 1;22
22 Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração [amai-vos] ardentemente uns aos outros,

"O não", fica aqui representado como sinônimo de crítica, ou autocrítica...
Neste caso temos o nosso mediador maior, dizendo "não" a nós mesmos, então ficamos doentios sem motivo aparente, daí a grande necessidade da introspecção pessoal, para se iniciar as maiores descobertas do nosso universo interior.
O nosso universo interior é maior, mais lastro do que podemos conceber, pois, ao adentrarmos a ele, se não tomarmos cuidados nos perderemos, e é bem possível que não queiramos nos achar mais.
Resumindo, do outro lado da linha existem planos maravilhosos, que ao nos ser concedidos visitá-los recusamo-nos a voltar, embora, isto não dependa das nossas vontades e sim dos nossos merecimentos evolutivos.
Voltando às nossas frustrações, e vergonhas, pois, não passam apenas de quimeras.
Por que a nossa vã preocupação, se dentro de algumas efêmeras décadas, ninguém mais estará preocupado com ela, quiçá, em alguns meses?
A mágica maior está na nossa espontaneidade, é o estado de ser cristalino, estar com nossa mente impoluta, então isto se aproxima muito do desapego.
O verbete "não", vem composto de mal-estar, de sentimento desagradável, ninguém gosta de ouvir, "não", por mais simplório que ele seja.
Isto é tão incisivo, que na nossa família, ou no clã ao qual pertencemos, ficamos muito felizes quando a nossa palavra prevalece como a última.
Podemos dizer que, esse é o pódio onde o vencedor chega por último, por sentir-se imensamente realizado quando é o último a concluir uma discussão, uma palestra, ou troca de idéias...
Somente por essa atitude já estamos rejeitando veementemente o "não"!
Digamos sim ao não, quando do nosso cabotinismo, da nossa jactância, da nossa vaidade pessoal...
Este é o grande motivo de nascer o ecumenismo, embora camuflado, posto que a concorrência está permeando a igreja.
É... como se várias empresas resolvessem ratear seus lucros, achando que assim estariam dentro do igualitarismo humano, coisa absurda e literalmente utópica.
Destacamos como elemento mais forte deste assunto a "democracia" na linguagem popular diríamos que ela é a que mais usa o artigo 171 do nosso código – ou seja: é lisa como o quiabo...
Essa sim consegue ludibriar o povo, sempre dizendo "não" com o sim dissimulado, ou sofismado, bem, é coisa de maus políticos.
A mentira é, um sim negativo, se é que podemos cometer esse sacrilégio controverso.
Haja vista a qualidade de vida de um político, e a de um trabalhador.
Naturalmente, que se não fosse os artifícios da fala, ou melhor, da falácia, o povo revoltar-se-ia iminentemente.
Na nossa fala, queremos somar, o que já é uma glória ao aprendermos a interagir nesta troca de informação que, é a barganha da própria energia.
Notamos que a vida é, o mais intricado jogo de sobrevivência.
Engolimos sapos, asneamos xingamentos, e não temos a devida consciência conclusiva do nosso porte como cidadão da humanidade.
Às vezes fazemos acepção de pessoas, abjurando-as, como se fôssemos algo diferente, este é o nosso maior mal, o prejulgamento, na realidade não passamos de criaturas mortais, porém, detentoras de um racismo velado.
Até adjetivamos a palavra, humana, como bondade, ao dizermos, fulano é uma pessoa muito humana, como se ser humano fosse algo extraordinário, bem... é mais uma forma de pensar e de se expressar...
É uma arte dizer a verdade sem magoar, posto que, dizem as más línguas: "ninguém gosta de ouvir a verdade".
Estamos propensos ao irreal, não gostamos de ouvir aquilo que é negativo às nossas vidas, e nela, ele, o negativismo se faz presente, é uma realidade, mas, não sentimo-nos confortáveis quando tocam na nossa ferida.
É de bom alvitre que nunca se diga o "não" enfático, sempre pautando pela palavra amorável e afável, indutiva ao conforto, ao bem-estar do nosso interlocutor, e para isso basta colocarmo-nos em seu lugar.
O núcleo do equilíbrio de nossos escritos tem a missão de lidar com o desequilíbrio mental de cada um, e fica aqui patente que ninguém quer ser desequilibrado, e por assim ser esta frase se nos parece um contundente "não", pois, toda a maneira de se dizer algo que represente o negativismo, diz o "não"!
Quer ser extremamente desagradável... então diga um lacônico "não"!
Uma maneira conciliatória bem antiga e sábia, encontra-se neste provérbio:
"Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda".
Quando não há mais jeito, e o "não" tornando-se insuportável, diz-se o sim com o acordo representado por este inteligente dito popular, que pode ser apimentado com uma esperançosa, porém, desaconselhável vingança:
"Nada como um dia após o outro".
A sabedoria popular sabe que o retorno é inexorável, daí o desabafo do povo sofredor, que pelo sofrimento reveste-se de frases inspiradas - verdadeiros poemas.
Quando estamos participando de uma palestra, verbete este que traduz, conversação, interação, bate-papo, troca de idéias.
Realmente esta é a grande finalidade, estamos cônscios de que a: "união faz a força".
Nada somos sozinhos, desde o nosso nascimento dependemos de nossos genitores, parteiras, médicos, e aí começam nossos acertos cármicos com o mundo pelo qual estamos passando.
A comunicação é um fator preponderante para se viver bem, dentro da sociedade, e como dissemos, a sociedade não gosta de ouvir a palavra "não", porém, aceita o sim quando lhe é dita de forma camuflada.
Bem... amigos, vamos ser verdadeiros conforme o nosso entendimento, que é a mais coerente forma de se prestar ao próximo, sempre embasado no amor e no bem.
Perdão
O saudável perdão deve fazer parte constante do nosso viver!
Quando lemos, ou ouvimos alguém ensinar o amor ao próximo, está exatamente ensinando a tolerância para com nosso irmão, que é exatamente o perdão.
A intolerância, e o sentimento de mágoa produzem toxinas.
Quantas vezes ouvimos a frase: Eu não tolero fulano...
Ás vezes não nos apercebemos de que a nossa infelicidade está no nosso estado de espírito.

Mateus 18;21;22
21 Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete?
22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.

A nossa briga é com a nossa alma, é com nós mesmos, essa insanidade nos leva ao desespero, ao medo, quiçá, a alguma loucura maior...
Estamos sempre implicando com coisas pequenas, o som do rádio do nosso vizinho pode nos levar às raias da insanidade, pela intolerância dos nossos ouvidos, que deveriam ser surdos, portanto, não emitindo ao nosso cérebro esta grande bobagem, a implicância de nossos caprichos.
Quando alguém ofende a outrem, ouvimos o velho apanágio: "Melhor é, ouvir esse impropério do que ser surdo!"
Recebemos aqui uma pequena, porém, eficaz mensagem:

Mágoa...

Quando deixardes a mágoa, não mais necessitareis de remédio.
Quando perdoardes a vós mesmo, não sentireis mais a mágoa, e estareis livre da maior doença da alma, conhecida por desequilíbrio...
Ao atirardes a primeira pedra, cuidado, podereis acertá-la em vós mesmo...

"Amai-vos uns aos outros" - "suportai-vos uns aos outros" - JESUS...

Viver sem mágoa, é estar mais perto da paz!

Deus proverá!

Vamos pensar à maneira mais simples possível – "Deus proverá" – até porque ainda não sabemos pensar.
Cá estamos nós, e os dias se repetem pelo infinito do tempo...
Não temos a devida consciência do plano no qual estamos vivendo, não podemos explicá-lo, é tudo muito vago, nada se explica, porém, a nossa intuição nos mostra dois pontos eqüidistantes que regem a nossa vida: o bem e o mal...
Cada facção de seres humanos vai criando para si um sistema para poder organizar e dominar o seu clã, porém, como está presa no nada à globo terrestre no cosmo vislumbrando estrela na eternidade... vai deixando o tempo passar, até porque nada se há de fazer.
A nossa inconsciência, é tamanha que, assistimos a mãe natureza nos moldar com suas poderosas mãos aonde acompanhamos o ciclo de vida da nossa existência.
Atônitos, ficamos pensando nos mistérios que nos cercam, pois, quantos bilhões de seres humanos já passaram por este mundão velho de guerra, e nele podemos admirar a ciência e suas indescritíveis descobertas para se tirar proveito do próximo, então perguntamos:
- E, a ciência social?
- A ciência social, é ciência, ou não é ciência?
- Cadê, então?
- Com tanto avanço tecnológico, por que tanta fome, morticínio e outras infindáveis maldades que se praticam diuturnamente?
- Onde está a sabedoria humana?
Ao mesmo tempo pelo qual reconhecemos a benesse científica, entristecemo-nos muito com a beligerância da mesma ciência que, cura e mata pelo interesse do valor monetário.
E, por nada sabermos de nada, quando supomos saber de tudo, chegamos a pensar que estamos sendo literalmente pensados por seres poderosos em relação aos humanos, que colocaram-nos em um laboratório, como nós fazemos com nossos animais para pesquisas.
Achamo-nos marionetes em mãos cósmicas, somos como um veleiro sem timoneiro, soprado pelo vento, e nada podemos fazer, na realidade enquanto não reconhecermos a nossa pequenez, se nos parece que, estacionamos em uma fração da eternidade.
A salvação da raça humana, se nos parece vir do céu, porém, a nós nos ensinaram a olhar para cima quando referirmo-nos a ele, mas, no sentido cósmico não se tem cima ou baixo...
- Então... donde virá a nossa salvação?
Sobre a face da terra, encontramo-nos com ela em qualquer quadrante, pois, estamos refertos de pregadores religiosos oferecendo-nos a salvação, embora, tenhamos sempre de comprá-la com os dízimos que aqui existem...
- Quem somos afinal?
Aqui na terra existe de tudo, até aqueles que se cegaram pelo dinheiro, e somente fazem guardá-lo, e nada sentem de injustiça, usurários, apenas guardam, sentem enorme fascínio em amealhar riquezas.
Muitos batem em seus peitos dizendo-se santos, boníssimos diante de seus irmãos morrendo à míngua... não se reconhecem mortais, fétidos, pútridos carregando seus corpos físicos juntamente com seus miasmas...
Ao menos tivessem a consciência do bem e do mal...
A sobrevivência faz do ser humano truculento e covarde, e possuído pelo medo de viver.
Desvencilhar-se dos bens materiais não é tão simples assim, pois, urge a necessidade de sobrevivência, e vira um salve-se quem puder, somente pela conscientização profunda chega-se ao equilíbrio.
Usemos o bom-senso, então estaremos mais perto de acertar, e o resto Deus proverá!
Façamos nossa parte, dedicando-nos ao bem, pois, ainda assim infelizmente estaremos a fazer muitos males... somos mortais, cheios de pensamentos maus, daí darmos ouvidos às palavras de Jesus: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação, o espírito está pronto mais a carne é fraca..."

Mateus: 26
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a [carne é fraca].

O que é a vida, a não ser algo passageiro, muito rápido, temos de trabalhar a evolução do nosso interior, sem nos preocuparmos muito com o exterior, porém, não podemos desprezar o lado desta vida, posto que estamos nela para a nossa própria evolução...
O êxtase equilibrado, é o famoso nirvana, sendo possível alcançarmos este estado de espírito que de nós elimina o medo, o grande inimigo da raça humana.
Transe é, o fator meditativo consciente, grande recurso da natureza ao iluminado, aquele que já não precisa mais dos remédios desta vida, pois, usa sempre o remédio natural, e que se encontra dentro de si mesmo.
Notemos que, não referimo-nos ao corpo físico, pois, este é perecível como a qualquer bom alimento, e com certeza irá alimentar nossos irmãos que se chamam vermes...
Vejamos, o mal na realidade não existe, é como na matemática, onde os especialistas em fazer contas, agregaram muitas fórmulas que facilitam a soma, pois, na matemática tudo redunda em somar números negativos e positivos, e o resto é resto, literalmente resto!
Ouvimos muitas vezes o refrão que diz:
"Há males que vêm para o bem"
Aqui nesta pequena frase popular podemos deduzir exatamente que, o mal transforma-se em bem.
Este é o grande motivo do sofrimento humano, é a grande lição para o respectivo aprendizado de transformar o mal em bem.
Eu, o escritor tomo a liberdade para falar no singular, relatando um pequeno mal que se transformou em bem, e aconteceu comigo mesmo:
Moro num sítio e tenho um pequeno trator, com o qual aparo a grama do local, e uma bela tarde muito quente, ao roçar a grama seca, esta enrolou-se no espaço entre a faca e o rolamento, ou seja: no cilindro-eixo e, a fricção foi muito grande naquela maçaroca de folhas secas de capim.
Pois bem, terminei o serviço, e estacionei o tratorito na garagem e adentrei à minha residência para tomar um café, e por um motivo banal irritei-me um pouco com alguém da minha família, e para arejar minha cabeça retornei com o meu café até a garagem, onde existe uma confortável poltrona, e nela me sentei, e qual a minha surpresa, quando não mais que de repente vislumbrei uma fumaça que levantava-se do respectivo eixo onde o capim seco começava-se inflamar.
Bem... joguei água no foco do pequeno incêndio, debelando-o, e concluí com os meus botões: "há males que vêm para o bem"...
Pois é... se não fosse aquela pequena conversa mole para boi dormir, que mantivemos na hora do meu café, pela qual retirei-me até o tratorito, poderia ter acontecido um enorme incêndio, e ter-me-ia dado um grande prejuízo...
Aqui se afigura-nos o negativismo transformando-se no positivismo, é a troca do não pelo sim!
Somos nada, e somos muito mais do que podemos mensurar.
Quando se chega à estatura de impessoal, ou seja, quando se pensa no todo, ou na unicidade sem preconceitos – sem idéias pré concebidas do próximo, sem aquela preocupação de pré julgar o irmão que se posta ao nosso lado, sem o respectivo racismo humano, então começa-se a viver melhor, aliás... muito além de nossas expectativas.
O despojamento se apossa de nós e, ficamos leves e atemporais, para nós já não existe mais o espaço nem o tempo... passado – presente – futuro já eram, eles não mais nos perturbam, então estamos tratando do desvencilhamento do medo, do status e da nossa aparência, menos ainda da nossa idade cronológica – temos agora a consciência da idade provecta, que quer dizer a idade da experiência, ou da sabedoria, e quanto mais velho... melhor, conquanto, se esteja em plena saúde psicossomática à vinho envelhecido em barril de carvalho.
Com isto, podemos entender que estamos na eternidade, e que a nossa passageira vida humana, é apenas um dia e uma noite na eternidade, e que logo acordaremos para nova vida, ou novas vidas.
Temos pena de nossos pseudos “superiores”, quando em suas arrogantes maneiras de tratarem os demais, se apresentam com suas ignóbeis e frustrantes atitudes, fazendo-se parecer deuses de carnes rotas, nervos rendidos e ossos quebrados – precisamos dizer mais...
Para essas mentes, o verbete "não" reverbera com a maior naturalidade, nem se importam em ofender o próximo, ao contrário, sentem o nefasto prazer da vaidade truculenta ao espezinhá-lo, causando-nos espanto, pois, já conhecemos essa velha história, e também já fizemos parte dela, esperamos doravante permanecermos à parte sem nos imiscuirmos mais nela, porém, jamais devemos cuspir para cima, pois, o retorno salivar em nossos rosto será inexorável.
Aprendemos a trabalhar sem o medo, sem a preocupação de estarmos agradando alguém, e fazemos do nosso trabalho o nosso entretenimento saudável, a nossa terapia principal de viver, pouco nos importando se vamos colher os louros da fama, ou das riquezas desta vida a quais a ferrugem e traça consomem.

Mateus; 6;19
19 Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a [traça] e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam;

Porém, temos a capacidade de valorizar nossos bens materiais, posto que "digno é o trabalhador do seu salário, e jamais atemos a boca do boi que debulha", são sábias frases eclesiais, e estão grafadas nas Sagradas Escrituras, a Bíblia.

I Coríntios; 9;9
9 Pois na lei de Moisés está escrito: Não atarás a [boca do boi ]quando debulha. Porventura está Deus cuidando dos bois?

Lucas; 10;7
7 Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; pois [digno é o trabalhador] do seu salário. Não andeis de casa em casa.
Temos a vida missionária em alta estima a qual escolhemos para vivê-la intensamente, podemos recordar de muitos mártires da história da humanidade, como é o caso de João, o batista, filho de Isabel, e de Zacarias, e primo do grande mestre Jesus, aliás, ambos sofreram as conseqüências impostas pelas suas missões de vida.

Lucas; 1;13
13 Mas o anjo lhe disse: Não temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de[ João];

Nem por isso tudo, deixaram de ser líderes maravilhosos, que mudaram o rumo da humanidade, e com certeza sem essas maravilhosas criaturas de Deus, o mundo seria bem pior, ou muitíssimo pior para redundarmos ao máximo.
Não estamos aqui apregoando alusivamente o martírio humano, ao menos que alguém tenha essa missão, queremos um mundo melhor, com muita paz e amor, e em estado alterado de consciência condicionamo-nos a este plano nirvânico, e procuramos permanecer nesse transe consciente.
Alcança-se este maravilhoso estágio para se conduzir nesta vida, que é o bem-estar ao qual melhor podemos nos adaptar como seres humanos, e para isto necessita-se de profunda meditação constante, e somente o tempo pode nos agraciar, e como falamos em atemporalidade, isto pode acontecer iminentemente, ou levar dias, ou meses, ratificamos, depende muito da constância, crença e desejo do meditador.
Podemos comparar a meditação com a oração, posto que temos muitos relatos bíblicos, pelos quais entendemos as fabulosas viagens astrais dos profetas, tais como os profetas hodiernos, como é o caso do grande apóstolo Paulo:

II Coríntios; 12;2
2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o [terceiro céu].

Aqui fica patente aos religiosos, que existem mais do que um simples céu, ou paraíso como se aventou no capítulo acima.
Anteriormente falamos a gloriosa frase: Deus proverá, pois, está aqui a maneira mais própria de se viver bem, quando se coloca nas mãos de Deus, cumpre-se o dito de Jesus: "Vinde a mim os cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei, pois, meu fardo é leve, e meu jugo suave".

Mateus;11;28
28 Vinde a mim, todos os que estais [cansados e oprimidos], e eu vos aliviarei.

Quando se alcança o estágio de evolução plena para o nosso contexto terreno, despe-se dos desejos menores, repudia-se o caminho que leva ao mal, e o mal nada mais é do que corromper-se, praticando aquilo que vai doer na alma e refletir no corpo físico, ou vice-versa, do nosso irmão.
É muito bom que aqui se esclareça, não somos contra aos bens desta vida, conquanto sejam eles conquistados honestamente, e para isto tem-se de estar dotado de boa sorte, trabalho, talento que admirem os olhos dos homens comuns, posto que eles estão integralmente voltados às riquezas desta vida, tem-se de conviver e administrar com sapiência estas coisas terrenas.
E... nunca se esquecer do preço, a tudo se paga um preço, e por isto mesmo dá-se o nome de conquista, como se conquistar fosse quase impossível...
Resumindo, para o bem-estar constante temos de eliminar o medo, esta é a maior desgraça da humanidade, que por não se evoluir, paga seu caríssimo ônus, o medo sem causa, o medo de si mesmo, o medo da morte, o medo da vida, o medo de tudo e de todos.
O medo de ter medo, é muito interessante este medo, aqui trata-se do ser humano que por motivos reencarnatórios possui um medo "infundado", sem origem, conhecido pela "coisa" que geralmente vem assediá-lo durante a noite, e esta pessoa passa a ter medo de dormir, posto que vai encontrar-se com seus pesadelos, consciente, ou inconscientemente.
E, quando acossado por este terrível medo, desaba o mundo sobre a cabeça amedrontada, o sofrimento é horrível, então tecemos um paralelo entre o inferno e a vida dessa criatura, e chegamos a mil conclusões, achamos que essa pessoa fez muitas maldades em vidas pregressas, aviltou muitos irmãos, foi déspota impiedoso, até porque qualquer déspota o é indiscriminadamente.
E, o medo se desdobra em muitas facetas, medo do desemprego, da falta de dinheiro, da vergonha, da falta de reputação, de perder a paz, ou o sossego, do seqüestro, do roubo, do latrocínio, do estupro, e haja medo... e por fim resta o maior medo, o da morte, que é o mesmo medo do desconhecido, que causa a grande expectativa.
Este último medo, assemelha-se com a situação de alguém que jamais conheceu um avião, um pára-quedas nem pensar... bem, pega-se esse alguém, venda-lhe os olhos até a altura de se fazer a grande maldade, e após colocá-lo num avião, transportando-o às alturas de milhares de metros, despe-se-lhe a visão e, faz-se aquele suspense antes de empurrá-lo céu abaixo, caso essa criatura sofra de acrofobia, haverá um destempero geral, um desarranjo funcional em sua saúde psicossomática, e esse coitado passará por um amplo sofrimento, como seria os estertores da morte.
Concluímos que o grande sofrimento é causado pela ignorância humana, voltamos a citar Jesus, ao dizer: "Meu povo sofre por falta de entendimento" – citamos Jesus por familiaridade, porém, poderíamos dizer: Confúcio – Maomé e tantos outros luminares da humanidade.
Quem ama, não teme, até porque, quem ama não deve, e "quem não deve não teme."
Aqui podemo-nos maravilhar com a nobélica coragem jesuítica...
Jesus, mais amou do que temeu, porém, a nós nos deixou exemplo, de resquício de medo, se assim soubemos interpretar, quando pediu ao Pai que se lhe fizesse passar o cálice amargo de seu suplício de ser crucificado, pronunciando:
Pai meu, Pai meu, por que me desamparaste?

Mateus; 27;47
46 Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá [sabactani]; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Voltando ao medo de altura, conhecida por acrofobia, temos dois pontos interessantes para discutirmos, o primeiro é de sabermos a causa da acrofobia, e aquele que sofre dessa enfermidade psíquica não saltaria de pára-quedas nem que a vaca tossisse, ao menos que tenha sido curado, coisa quase impossível.
O segundo ponto é, a própria ignorância do desconhecido, posto que, temos pára-quedistas aos montes, pois, sendo sabedores da segurança que existe nesses apetrechos moderníssimos ficam completamente à vontade, e ao contrário, sentem muito prazer ao praticarem seus saltos.
Se continuássemos a classificar o medo, faríamos um livro somente para essa finalidade.
Existem os medos sem causas aparentes, há pessoa que tem medo de lugar fechado, claustrofobia, e não se sabe explicar a causa, xenofobia: medo de gente etc...
Bem... tanto a acrofobia, como a claustrofobia, podem advir de vidas pregressas, onde a pessoa morreu por afogamento, ou caindo de alturas etc...
Através da regressão de memória à vidas passadas, podemos ouvir relatos e até sentir o sofrimento atroz de muitos hipnotizados, os quais morreram de forma crudelíssimas, e trazem em seus registros etéricos, laivos de lembranças que são seus pesadelos.
Essa terapia mental, traz a cura desses sofredores, posto que ficam cientes de que essas lembranças, não passam de lembranças apenas, elas não existem neste plano terrestre, então alcança-se a cura através da conscientização mental.
O medo é sinônimo de ignorância.
Claro que sim, estamos sempre a cultivar a preocupação com o porvir, e desgraçadamente passando essa nefasta doença aos nossos filhos e netos...
Não temos nem o direito de antever o futuro, ele não nos pertence, sequer sabemos se vamos viver os próximos segundos.
Ratificamos, relativamente o "não" também não existe, sendo que pode-se dizer não com o sim, como apenas pode-se dizer que existe somente a soma, mais com mais dá mais, mais com menos dá menos e assim sucessivamente fazemos todos os intrincados cálculos matemáticos, usando a soma dos números negativos e positivos, e redundaremos nas multiplicações e divisões etc...

- O medo tem cara de "não"!
- Diga sim à coragem!

Apenas despreze o medo, ele é ilusório, mas, se tiver medo, conviva com ele, até porque é utópico extirpá-lo de nossas vidas, ele produz a dor, e a dor o sofrimento, e longe do masoquismo, aprendemos muito com o tempero da vida, que é o sofrimento.
Não fora assim, Jesus e outras personalidades humanitárias não sofreriam, na realidade temos de nos acostumar, e aprender a conviver com ele, sem nos atrelarmos ao vício de cultivá-lo, e somente se consegue essa façanha através da meditação, ou da introspecção...
A lei do novo sempre esteve presente nas vidas das pessoas, muitas já partiram sem notar esta lei de suma importância ao crescimento espiritual, retornarão a esta vida para sua respectiva conscientização – a lei da renovação, tudo se transforma literalmente, à cada segundo sofremos uma verdadeira metamorfose na nossa personalidade e consequentemente no nosso físico, o nosso corpo é um universo de vidas inteligentes, que morrem e nascem a todo o instante...
Somos viandantes eternos, o nosso caminho é infinito, mas, somos sugestionáveis e nos condicionamos ao mesmismo, sempre querendo impedir o progresso, posto que nos acomodamos com a nossa pobre vidinha de meros mortais.
Somos tão condicionáveis a ponto de guardarmos no nosso ego, quinquilharias e entulhos de todos os gêneros, parecendo um depósito de lixo, por sermos mesquinhos, achamos que vamos usar todos os trapos de nossas existências, que são os velhos hábitos perniciosos, nossos vícios, nossas inseguranças, iras, ódios, desejos libidinosos etc...
Já está na hora daquela limpeza – façamos uma assepsia na nossa mente – joguemos fora os maus pensamentos, que tendem a materializar-se, estávamos esquecendo do medo, que é sem dúvida o pai de todas essas mazelas...
Os Evangelhos nos ensinam que o diabo é o pai da mentira, e nós acrescentamos que o medo é o pai da mentira também, aliás, o medo é prolífero, tendo uma grande família de trapaceiros que, luta aguerridamente com a nossa mente.

João 8;44
44 Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e [pai da mentira].

Quiçá, por tanta covardia, o diabo não seja o filho do medo também, ao mínimo deve ser seu sinônimo... e até por isso seja mentiroso...
- Por que tanto sofrimento?
Porque não queremos mudanças, ora, ora, a própria vida se extingüe da face da terra, então temos de mudar, não é inteligente da nossa parte recalcitrarmos contra os aguilhões, ou seja chutar pontas de faca, ou coisa semelhante.
Coloquemos definitivamente uma coisa em nossas cabeças, a mudança é inexorável, nada poderá impedi-la, o próprio universo e mutante.
A única e verdadeira certeza é esta, tudo muda eternamente.

- A omissão intencional, não é a maior mentira velada?

Então somos todos, praticamente mentirosos!

Quando vamos vender algum objeto, jamais vamos identificar seus defeitos ao comprador, a não ser que sejamos verdadeiros o bastante para respondermos as peguntas formuladas com relação aos seus defeitos...
Já formatamos em nossa cabeça que, estamos desfazendo de um objeto usado, portanto, sujeito aos desgastes de seu uso...
Quem possuí-lo, já está com a mente formatada para comprar um objeto passivo de estar com os respectivos defeitos.
Assim supomos nós, vendedor e comprador.
A nossa intenção, é o grande problema, quando praticamos a omissão, estamos sendo aquilo que o ser humano exige de nós, até porque ele está refletindo em seus pensamentos aquilo que faria em nossos lugares, seria omisso também.
Durante minha vida de escritor encanecido, creio ter praticado alguns benefícios aos meus amigos, porém, sem esperar retorno, o que na realidade é procedente, posto que, o homem vale aquilo que ele tem, pois, quando estive em dificuldades financeiras em minha vida, sumiram meus amigos, mas, como estou disposto a dizer sim ao não, não me incomodei com isto, estou sempre à disposição deles todos, claro, como antes, sem esperar o troco de nada daquilo que puder praticar em seus benefícios...
Acho que, esta é a mais simples forma de amar: não guardar nenhum sentimento negativo de ninguém...

Aqui envolve o amor, o perdão, o autoperdão, e principalmente a tolerância, cujo sentimento é esquecido da maioria, pois, saiba meu irmão, a tolerância é a culminância da nossa evolução.
O planeta está intolerante, mata-se por um olhar de sosláio qualquer.
O ladrão já não apenas sente o prazer em roubar, seu grande regozijo é literalmente matar...
Chegamos ao ponto crucial de tolerância máxima.
Temos de tolerar as nossas autoridades, que não se mexem, pelo contrário, se convertem ao banditismo também, engrossando essa corja.

Somos impotente diante dos fatos da vida, temos de tolerar tudo e todos, até porque é mais inteligente, pois, de Deus é a vingança:

Romanos: 12
19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a[ vingança], eu retribuirei, diz o Senhor.

A nós nos resta amar, vingar jamais...

Somente o velho amor resistirá a eternidade, creia!

Obra de auto-estima
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